Por: Poliana Antunes
Como se não bastasse os transtornos causados pela pandemia do novo coronavírus, os baianos têm que conviver com o alto preço do arroz, que subiu mais de 30% nos últimos 12 meses nos supermercados. Com pacotes de 5 quilos do grão custando mais de R$ 40, muita gente está preocupada. Dessa forma, os consumidores vêm buscando substituições para o produto e, dentre as opções mais em conta e que são indicadas por nutricionistas está a batata.
A Nutricionista Ana Carolina explica que o arroz, junto com o feijão, é a base da alimentação do Brasil. Nesse caso, em que precisamos substituir o arroz, é necessário pensar em alimentos que façam parte do mesmo grupo deste cereal. “O consumidor deve procurar comprar outros cereais, além de tubérculos e raízes, como a batata, por exemplo”.
A Batata, mandioca, mandioquinha, inhame, cará, batata-doce, pão, massas, fubá, preparações com milho e farinha de mandioca, assim como o arroz, são fontes de carboidrato e “são boas opções de substituições pensando no valor nutricional”, diz a nutricionista.
Segundo Ana Carolina as opções de preparações desses produtos são variadas e, além disso, existem muitas receitas com esses itens, mas o importante na hora da troca é pensar em um alimento do mesmo grupo. “Vale ainda a complementação do prato com verduras e legumes da época, que têm valor mais acessível e podem garantir uma refeição saudável e equilibrada”, ressalta.
Ela lembra que o arroz é um cereal que faz parte do grupo de Cereais, tubérculos e raízes da pirâmide alimentar, portanto é possível optar por outros alimentos desse grupo como substituição do arroz. “Além disso, outros cereais como quinoa e trigo, além de massas como macarrão, são também parte desse grupo. Vale a pena também experimentar outros tipos de arroz, para ver qual tipo aceita melhor”, recomenda a Nutricionista.
A dona de casa Fabiana Leal, 37 anos, conta que está se virando para manter a alimentação na mesa de sua casa. “Não foi apenas o arroz que teve uma alta expressiva no preço. Estou substituindo a carne pelo frango faz tempo. Preciso ter muita criatividade na hora de cozinhar para família”, relatou Fabiana.
De acordo com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), o câmbio e o aumento das exportações trouxeram alta de 20% na cesta básica no acumulado de 12 meses no país, o que acabou afetando as refeições dos brasileiros, principalmente as das famílias mais pobres.
De acordo com o órgão, com o produto mais competitivo lá fora, o país está entrando inclusive em novos mercados. Desde maio, passou a exportar arroz também para o México, após um acordo que retirou barreiras sanitárias que há anos dificultavam as vendas. “Isso aconteceu depois que os Estados Unidos, principal fornecedor do grão para o país, elevaram os preços do produto diante da entressafra e da redução dos estoques”.