Para tentar conter a alta dos alimentos, o governo brasileiro decidiu zerar a alíquota de importação da soja e do milho. A medida já havia sido tomada para o arroz e visa aumentar a oferta dos produtos no país para baixar o preço.
A decisão foi tomada nessa sexta-feira (16/10), durante uma reunião extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), a pedido dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Economia.
A isenção vale até 15 de janeiro de 2021 no caso da soja e até 31 de março de 2021 no caso do milho. E não tem uma cota definida. É mais flexível, portanto, que a do arroz. No caso do arroz, o governo permitiu a importação sem tarifa de no máximo 400 mil toneladas até o fim deste ano.
Por meio de nota, o Ministério da Agricultura explicou que "o objetivo é promover um ajuste entre a oferta e demanda desses produtos no período anterior à colheita da safra 2020/2021". O Ministério da Economia acrescentou que "ambas as medidas têm como motivação conter a alta de preços no setor de alimentos".
Alta de preços
Segundo a inflação oficial brasileira, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o óleo de soja já subiu mais que o arroz neste ano. O produto ficou 51,3% mais caro desde janeiro e sofreu uma alta de 27,54% só em setembro. Já o arroz subiu 40,69% no ano e 17,98% no mês passado.
Marina Barbosa - Correio Braziliense