O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi reeleito no pleito municipal com 59,45% dos votos válidos, informou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com apoio do governador João Doria (PSDB), o tucano derrota Guilherme Boulos (PSOL), que conquistou, na porcentagem contabilizada acima, 40,55% dos votos. Covas está com Doria neste momento.
Segundo informações da assessoria do PSOL, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que está isolado em casa com covid-19 e não saiu para votar, já telefonou para o prefeito Bruno Covas e o parabenizou pela vitória.
De acordo com o mapa de votos do TSE, Boulos, por outro lado, conseguiu levar a maioria dos votos em algumas regiões do sul e leste da capital paulista. A disputa no maior colégio eleitoral do País se deu com os vices sob holofotes, como mostrou o Broadcast Político. O vice de Covas é Ricardo Nunes (MDB), que chega à prefeitura municipal após participação discreta na campanha e colecionando polêmicas. Sua esposa chegou a registrar, em 2011, boletim de ocorrência por agressão. Além disso, a família do hoje vereador recebeu dinheiro de creches conveniadas com a prefeitura para prestação de serviços sem licitação.
Já a vice de Boulos, a ex-prefeita e deputada federal Luiza Erundina (PSOL), assumiu a campanha de rua ontem, último dia de atividades, quando Boulos precisou se isolar por conta da covid-19.
Votação
Depois de fazer um périplo pela manhã e acompanhar os votos da ex-prefeita Marta Suplicy, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e do governador João Doria (PSDB), o prefeito Bruno Covas (PSDB), votou acompanhado de um séquito de correligionários e lideranças tucanas em um colégio na Vila Madalena, na Zona Oeste da capital.
Covas chegou acompanhado do governador João Doria (PSDB), do ex-deputado Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB, do prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), e do filho Tomás Covas, de 15 anos. Em uma rápida entrevista coletiva, o prefeito rebateu as críticas feitas pela família Bolsonaro às urnas eletrônicas. "O voto eletrônico elegeu FHC, Lula, Dilma e Bolsonaro. Não dá para colocar em dúvida um sistema que elegeu pessoas e partidos tão diferentes. Confio na Justiça Eleitoral", disse o tucano.
Questionado sobre suas pretensões eleitorais, Covas descartou a possibilidade de disputar o governo paulista em 2022. "Quero ser eleito para entregar o cargo em 1º de janeiro de 2025".O prefeito também exaltou a campanha como "limpa e propositiva". "Esse é o dia do julgamento popular. Acredito na democracia e no povo", disse.
Estadão Conteúdo