Autoridades do Pentágono afirmaram que 12 membros da Guarda Nacional que trabalhariam na posse do presidente eleito Joe Biden foram afastados após uma investigação do FBI. Entre eles, dois postaram e enviaram mensagens de texto com opiniões extremistas sobre o evento, que acontece na quarta-feira, 20.
As autoridades não relataram nenhuma ameaça específica a Biden. Duas autoridades americanas disseram à agência Associated Press que todos os 12 tinham laços com grupos de milícia de direita ou postaram opiniões extremistas online. As autoridades, um oficial sênior da inteligência e um oficial do Exército, não disseram a qual grupo marginal os membros da Guarda pertenciam ou a que unidade serviam. Os oficiais não foram autorizados a falar publicamente e falaram com a agência Associated Press sob a condição de anonimato.
O general Daniel Hokanson, chefe da Guarda Nacional, confirmou na terça-feira que os membros da Guarda foram removidos e mandados para casa, mas disse que apenas dois fizeram comentários ou compartilharam textos inadequados relacionados à posse. Os outros 10 foram afastados por "outras questões potenciais", que podem envolver atividades criminosas anteriores, mas não diretamente relacionadas ao evento inaugural.
Os funcionários disseram à Associated Press que todos foram removidos por causa de "responsabilidades de segurança".
Discurso - O democrata Joe Biden fez um rápido discurso em Wilmington, Delaware, nesta terça-feira, antes de partir para Washington, onde tomará posse como o 46º presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 20.
"Eu estou muito honrado em ser seu próximo presidente e comandante em chefe", declarou Biden, ao lado da esposa, Jill. "Sei que são tempos sombrios, mas sempre há luz. É isso que torna esse estado tão especial", afirmou Biden. Delaware é o Estado pelo qual Biden se elegeu senador.
Com lágrimas nos olhos, o democrata lamentou que seu filho Beau, que morreu de câncer em 2015, não estivesse com ele.
Pacote - A indicada pelo presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden para assumir a secretaria do Tesouro, Janet Yellen, defendeu o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão anunciado na semana passada pelo futuro líder da Casa Branca. "Os benefícios superam os riscos. Com juro baixo, o melhor a fazer é agir com grandeza", declarou a indicada nesta terça-feira, durante sessão do Comitê de Finanças Senado americano que votará sua confirmação no cargo. "Economistas nem sempre concordam, mas há um consenso agora: sem mais ação fiscal, corremos risco de recessão prolongada. É preciso fazer mais para apoiar a economia americana", afirmou.
O pacote fiscal de Biden - que ainda precisa ser apreciado pelo parlamento - multiplica benefícios concedidos à população afetada pela crise econômica trazida pelo novo coronavírus. Entre as propostas, está a expedição de um novo cheque de US$ 1 400 a cidadãos elegíveis, o que, somado aos US$ 600 já aprovados pelo Congresso, totalizaria US$ 2.000 para cada beneficiário do programa. Porém, como mostrou na sexta-feira o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o pacote deve ser enxugado pelos deputados e senadores.