Revoltados com o atraso no pagamento dos salários e vale alimentação, trabalhadores da MS Construções e Saneamento, empresa terceirizada da Embasa, paralisaram as atividades nos municípios das regiões do Sisal e de Alagoinhas, além de Conceição do Coité, Valente, Queimadas, Santa Luz, Serrinha e Riachão de Jacuípe.
"Enquanto a empresa não pagar os salários dos trabalhadores, não vamos cumprir as atividades", afirma um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira da Bahia, Raimundo Brito. É o terceiro dia consecutivo do movimento grevista. A perspectiva, segundo eles, é de se não houver solução, ampliar o movimento para outras regiões.
Segundo os diretores do Sintracom-BA, a MS também está irregular com o pagamento de férias dos trabalhadores e alguns já estão com dois períodos vencidos. Trabalhadores reclama ainda do não pagamento de insalubridade, nem 5% de dupla função e afirmam que a empresa também deve horas extras e não está realizando o pagamento quinzenal de salários, conforme determina a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e que, há mais de nove meses não recolhe o FGTS dos trabalhadores.
A diretoria do Sintracom-BA está acompanhando a mobilização dos trabalhadores e organizará na manhã de quinta-feira (21), uma manifestação em frente a Embasa da região de Coité. Também já foi solicitado reunião de mediação à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), que está agendada para o mesmo dia da manifestação, às 10h. A reunião será realizada via plataforma digital, por causa da pandemia.
Resposta da Embasa:
A Embasa informa que suas obrigações contratuais com a empresa MS estão plenamente regulares. Sobre as pendências da contratada com as obrigações trabalhistas assumidas junto ao seu respectivo corpo de funcionários, a Embasa está adotando as medidas contratuais cabíveis. Foi aberto processo administrativo para a aplicação de penalidades previstas pela legislação, de forma a garantir que a empresa terceirizada regularize a situação dos salários ou encargos em atraso e, dessa forma, seja viabilizada a plena retomada dos serviços nos municípios onde a empresa presta serviços à Embasa.
*Matéria editada às 13h, do dia 21 de janeiro, para inclusão da resposta da Embasa.