O recrudescimento da pandemia de Covid-19 forçou a equipe econômica a planejar a adoção de estímulos para a economia neste ano. Além do adiantamento do 13º salário de aposentados e do abono salarial, que já havia sido aventado, está em estudo a liberação de uma nova rodada de saque do FGTS.
As negociações ocorrem em meio a pressão pela prorrogação do auxílio emergencial. As medidas em estudo quase não têm impacto fiscal, mas conseguem dar fôlego à economia.
Os técnicos do Ministério da Economia têm receio de conceder ajuda aos mais vulneráveis e para a manutenção de empregos antes do que julga necessário e ficar sem margem de manobra para o futuro.
No caso do FGTS, a ideia é distribuir entre os trabalhadores os R$ 12 bilhões que não foram sacados em 2020 e retornaram para as contas do Fundo. Para preservar a sua sustentabilidade, o valor das novas retiradas deverá ficar inferior a um salário mínimo (de 1.045), como foi no ano passado.
O valor poderá ficar na casa dos R$ 500 por trabalhador e não mais por conta. O valor poderia ser sacado de contas ativas ou inativas, começando por aquelas que estão sem receber novos depósitos. Segundo fontes, os cálculos sobre impacto nas contas do FGTS ainda precisam ser fechados.