Por José de Castro
Temos esperança de que, “conservadoramente”, a economia brasileira possa crescer 3,5% neste ano, disse nesta terça-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmando que, na hipótese mais promissora, a expansão pode bater os 5%.
O ministro fez um apelo ao setor privado para que invista no país e afirmou que medidas para abrir a economia, como privatizações e concessões, ganharão fôlego em 2021.
Guedes participou —ao lado do presidente Jair Bolsonaro e do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo— da Latin America Investment Conference 2021: A New Decade, a New World, promovida virtualmente pelo Credit Suisse.
No encontro, o ministro reconheceu a possibilidade de volta do auxílio emergencial caso a economia sinta o baque de um recrudescimento da pandemia e a vacinação em massa sofra reveses.
“Caso o pior aconteça, a doença volta, como compatibilizar uma coisa com a outra? Temos o protocolo da crise, aperfeiçoado agora”, disse o ministro, referindo-se à ideia de incluir na PEC do Pacto Federativo uma cláusula de calamidade pública, que seria ativada em caso “agudo” de emergência fiscal.
A ideia, segundo o ministro, é que em situação de emergência —por exemplo, em caso de desastres naturais— haja bloqueio de gastos para liberar recursos na forma de um auxílio emergencial. Guedes afirmou ainda que quem tem que decidir sobre as especificações do protocolo da crise é o Conselho Fiscal da República, proposto na PEC do Pacto Federativo.
Fonte: Reuters