Por David Morgan
Quarenta e cinco senadores do Partido Republicano apoiaram uma iniciativa fracassada para suspender o julgamento de impeachment do ex-presidente Donald Trump, em uma demonstração de união do partido que alguns citaram como um sinal claro de que ele não será condenado por incitação de insurreição contra o Capitólio.
O senador republicano Rand Paul apresentou uma moção no plenário do Senado que levaria a uma votação da Casa sobre se o julgamento de Trump viola a Constituição dos EUA.
O Senado liderado pelos democratas bloqueou a moção por 55 votos a 45. Mas apenas cinco parlamentares republicanos se juntaram aos democratas para rejeitar a iniciativa, número bem inferior aos 17 que serão necessários para condenar Trump em uma acusação de impeachment de que ele teria incitado o ataque do dia 6 de janeiro ao Capitólio que deixou cinco pessoas mortas.
“É uma das poucas vezes em Washington em que uma derrota é de fato uma vitória”, disse Paul a jornalistas. “Quarenta e cinco votos significa que o julgamento do impeachment já está morto antes da hora.”
Mas alguns dos senadores republicanos que apoiaram a moção de Paul disseram que a votação de terça-feira não indica como eles podem decidir sobre a culpa ou inocência de Trump, em um julgamento que tem início marcado para o dia 9 de fevereiro.
“É uma questão totalmente diferente, até onde sei”, disse o senador republicano Rob Portman a jornalistas.
Biden - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou decreto no período da tarde de ontem suspendendo novas concessões federais para petróleo e gás no país e eliminando subsídios a combustíveis fósseis. A medida foi adianta mais cedo pela Casa Branca, em comunicado. Por outro lado, o líder democrata assegurou que a tecnologia para extração do petróleo de xisto - conhecida como "fracking" - não será banida. "Preservamos empregos. Quando penso na resposta à crise climática, penso em empregos", garantiu.
Na visão do presidente americano, os EUA precisam de uma "resposta nacional unificada à crise climática". "A mudança climática estará no centro de nossa política externa e segurança nacional", declarou Biden, em pronunciamento.
Ele assinou decreto, nesta quarta, criando o Gabinete do Clima na Casa Branca. "Não é hora de medidas pequenas. Temos que ser ousados", completou, revelando, ainda, que o governo deve aumentar a compra de carros movidos a energia limpa e, assim, criar um milhão de empregos na indústria automobilística.
De acordo com Biden, pesquisas mostram que poluição do ar aumenta a probabilidade por morte por covid-19 - o que incluiria o combate às mudanças climáticas na resposta do governo à pandemia. O presidente dos EUA também prometeu construir 1,5 milhão de casas e prédios públicos com energia limpa, estimulando a geração de empregos.
Fonte: Reuters