Equipe de Política
Uma revolta do deputado estadual Alex Lima (PSB) tem causado mal-estar dentro do partido na Bahia, que é presidido pela deputada federal Lídice da Mata. Nas redes sociais, Lima tem atacado o comando da sigla, mas sem citar nomes. “Infelizmente, com toda crise que o país vive, o PSB da Bahia não tem ajudado o governador (Rui Costa) na indicação dos seus quadros, sempre voltados ao próprio umbigo e aos interesses de um pequeno grupo interno”, atacou.
À imprensa, Lima defendeu ainda que integrantes da legenda fossem exonerados, segundo ele, porque “estão vaidosos”. O socialista argumentou, sem citar nomes, que os membros da legenda, que estão no governo Rui Costa, vivem “encastelados”. Presidente do partido, Lídice afirmou que não entendeu as críticas do aliado, e afirmou ainda que “assuntos partidários” não devem ser discutidos na imprensa. Lima não é o primeiro parlamentar a atacar a direção da sigla.
No final do ano passado, o deputado federal Marcelo Nilo também endureceu o discurso contra a cúpula socialista. Na época, ele contou que queria escolher o candidato a prefeito da cidade de Poções, mas a sigla optou por outro nome. “Eu tive uma tristeza com o partido em um problema municipal. A cidade de Poções, eu sou o mais votado e tinha um candidato competitivo (...), que pediu em março o diretório (municipal). E, infelizmente, o diretório por maioria deu a um vereador que traiu o partido, porque ele é do partido e não votou com os deputados do partido. Votou em Josias Gomes (do PT) e Sandro Régis (do DEM). Fiquei muito triste e muito chateado”, declarou, na época.
Também disse, sem citar nomes, que há entre três ou cinco membros do diretório estadual do PSB que agem de maneira “cartorial”. “Juntando todos não dá 10 votos e essas pessoas que decidem o destino do partido. Fiquei muito decepcionado porque não esperava ser tratado pelo partido dessa maneira. O diretório estadual não pensou no crescimento do partido. Pensou em atender A, B. Acho que foi um equívoco muito grande, mas são águas passadas”, acrescentou. O parlamentar afirmou que, dos 11 integrantes do diretório estadual, 10 são indicados pela presidente da sigla, a deputada federal Lídice da Mata. “Eu não tenho ninguém no diretório. Eu não sou liderado de Lídice. Eu não sou grupo de Lídice. Eu sou do partido de Lídice”, pontuou. Nilo negou, no período, que quisesse tomar o controle da legenda. “Não quero tomar conta do partido. Eu apoio a presidente do partido, Lídice da Mata. É uma grande presidente e tenho relação fraternal há mais de 40 anos”, pontuou.